Olá, amigos amantes da natureza!
No mês passado estivemos na ilha de Fernando de
Noronha, um lugar muito especial, onde a natureza dá um show de beleza! Mas e
as orquídeas, ONDE ESTÃO? É, lá não existe a tal plantinha, mas, pudera, Deus já criou tantos belos elementos em um
único lugar, que a gente acaba aceitando a ausência das orquídeas.
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Vegetação local |
Vamos lá, a vegetação de Noronha é árida, lembra um
pouco as paisagens do sertão do Brasil. Nesta época do ano (dez/jan/fev) chove pouco e a paisagem
fica com uma coloração amarelada, típica do sertão árido do nordeste. Algumas espécies de árvores (feijão forte), mesmo nesta época, ficam com as folhas
verdes, aliviando um pouco a sensação de paisagem do sertão.
Fotos, foram muitas fotos - um total de 18GB de fotos! Extremamente difícil ficar um minuto sem clicar. As cores vibrantes e as paisagens são espetaculares, tanto na terra quanto no mar.
Aliás, fotos subaquáticas é um capítulo à parte (uma experiência sensacional,
mesmo não possuindo um equipamento "profissional"). É possível obter-se resultados muito interessantes com um equipamento convencional e a utilização de uma caixa de estanque.
Para descrever a NORONHA, a Luciana, minha mulher, fez um
texto que sintetiza bem o que vimos por lá. As fotos foram feitas por todos
nós.
Abraços e nunca deixe de se divertir!
Menos de 60 pessoas colavam o rosto na janela do avião.
Pareciam custar a acreditar no que viam.... . Acima do assoalho oceânico era
possível avistar uma pequena porção de terra, cercada de outras menores. A
bordo, todos prontos para pisar onde Darwin um dia esteve para descrever a natureza vulcânica de uma
ilha. Aqui começa a nossa viagem
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Chegando em Noronha |
Fernão de Loronha foi o primeiro nome. Mas poucos
são os que a conhece assim. No entanto, é fácil fazer a associação e achar que
o outro jeito de falar sairia da boca de uma criança. Afinal, quem já não ouviu
falar de Fernando de Noronha? É exatamente onde nós - eu, Cássio, Mariana
e Gabriela -estamos. E como disse algumas vezes minha filha Mariana,
" esse é o lugar que a gente sempre quis estar". Nenhum de nós deixou
de aceitar os convites da ilha. Começamos por um percurso longo. Caminhada para
conhecer a Praia do Sancho.
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Praia do Sancho |
Que Lugar! Do alto avistamos tubarões que
cercam a beira do mar. Assustadoramente incrível!!! O estímulo para descer o
paredão incrustado de mabuías ( pequenos lagartos), em escada
fincada numa fenda, vem justamente da visão que se tem do alto do penhasco. É,
nitidamente, aquela sensação de ' não basta olhar, é preciso tocar'.
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Tartaruga marinha e tubarão limão |
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Mabuía |
A faixa de
areia fica entre o mar de um azul intenso e o paredão rochoso. Indo um pouco
mais mar adentro, uma laje presenteia o mergulhador sem exigir muitos
equipamentos. Na simples prática de snorkeling, é possível desfrutar da
fascinante vida subaquática do Sancho.
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Laje do Sancho |
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Peixe não identificado |
O primeiro encontro com uma tartaruga, a gente
nunca esquece:
Doutro lado da ilha fica a praia do Sueste, no mar
de fora, e é nossa próxima parada. Ali, tartarugas marinhas fazem a
rotineira visita da tarde, período da alimentação. Em poucos minutos de batida
de pernas, vimos a primeira delas.
"rarara uuuuu aaaaa". Com máscara e
snorkel tentamos falar, gesticular e apontar para suas carapaças que parecem
flutuar debaixo d'água. Você realmente acredita que elas estão muito
acostumadas a ver humanos entubados, porque esses répteis simplesmente olham
para você e parecem compreender sua reação. Ao seu lado, elas nadam em busca de
algas marinhas - alimento em abundância no Sueste. As tartarugas
não demonstram nenhuma rejeição ao toque em seus quelônios, parecem, mais
uma vez, que entendem nosso deslumbramento e curiosidade, e são
complacentes.
No costão direito do Sueste estão os tubarões. O
primeiro avistado por nós é o tubarão-lixa, ou lambaru. Sedentário, como de
costume, fica imóvel no fundo arenoso. De boca fechada, não vimos seus
poderosos dentes pontiagudos. Ufa! Mas ele mostra sua presença pelo
comprimento: cerca de 2 m. Isso realmente não é pouco quando você é quem está
invadindo a área. Mais tarde, descobrimos com moradores da ilha que ele é
famoso e foi até batizado: Teobaldo é seu nome.
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Tubarão Lixa ou Lambarú |
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Tubarão lixa "Teobaldo" |
Foi o segundo tubarão que nos fez prender a
respiração. Não porque praticávamos apneia, mas porque ele simplesmente
apareceu e nos olhou. Era um tubarão limão, comum no mar noronhense como areia
numa praia, só que não se esqueça: é um tubarão. E esqueça: eles não são os
tubarões dos aterrorizadores filmes, não se assemelham nem na ponta dos dentes.
Os de Noronha simplesmente ignoram sua existência. Melhor para quem quer
continuar seu desbravamento aquático, não é mesmo? Por isso, gritar para nossa
filha mais velha " o tubarão está indo em sua direção" foi apenas uma
informação. Nada mais. Ufa!
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Tubarão limão, reparem nas cicatrizes no dorso, provavelmente se meteu em confusão com outros tubarões. |
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Filhotes de tubarão - praia do Sueste |
Porto, uma surpresa para quem simplesmente espera barcos, turistas, comércio, apitos, água
contaminada por óleo. Em qualquer lugar do mundo, o porto não seria "o
lugar", mas em Noronha é. A praia do Porto de Santo Antonio tem tudo
isso que falamos (exceto, ainda bem, a água suja) , mas se fosse só isso, seria
um lugar de passagem, não de hospedagem. Você fica se perguntando por que não
tem uma boa pousada bem ali, no porto. Esse é um lugar pra se ficar, e que fica
em você. Experimente suas águas e tenha a cristalina certeza que delas você não
sairá sem uma boa história para contar: raia chita, peixe trombeta, peixe lua,
peixe coió... são só alguns que te recepcionam. Não vamos esquecer que o Porto
é a segunda opção para pesquisadores capturarem tartarugas. Só perde para o
Sueste.
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Praia do Porto |
Mergulhos a alguns metros da superfície:
Atalaia: a piscina que todo mundo quer ter no
quintal
Caminhe, caminhe, caminhe sob sol, sol, sol e tenha
a sensação de que alguém fez um convite daqueles que se você soubesse antes,
recusaria. Mas ainda bem que você não sabe, porque só assim chegará ao Atalaia.
Você terá um guia para chegar e outro guia para dizer o que você pode e o
que você não pode fazer. Vai pagar por isso e terá hora determinada para
entrar e para sair. Mas só vai perceber tudo isso quando olhar o que a
piscina do Atalaia te oferece e o quanto faria tudo milhares de vezes para
estar ali de novo.
O fim da praia é dourado
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Praia da Atalaia - Pedra do frade |
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Praia do Atalaia - piscinas naturais |
Quando o dia acabou ( a praia pede licença para tocar a vida, e você sai de cena) tem o Boldró. No alto da
escarpa, olhe o pôr
do sol. Esqueça tudo o mais, concentre-se. Verá diante de você criaturas
estranhas e ondas perfeitas, e o sol se esforçando para não ser esquecido,
mostrando suas cores suaves, mas intensas, ensinando que a vida tem diversas
colorações, mas pode ser dourada, se você quiser.
Quando o mar é onda - Cacimba do padre, o hawaii brasileiro
Experimente parar e apenas olhar. Vai achar que
assiste a um filme de surfe. Na Cacimba do Padre quem tem prancha é rei. A onda
é lisa, mas te cobra manobras, a formação chega a tubular, mas exige que você
enxergue o túnel. Então, bem-vindo ao mundo de quem sabe feito gente grande!
Quem disse?
"Sólo aprende haciendo" . Noronha descobre-se amando.
Paisagens de Noronha:
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Cacimba do padre |
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Praia do Sancho |
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Praia do Sancho - lado esquerdo |
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Pedra dos dois irmãos |
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Cacimba do padre |
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Entrada da baía dos procos |
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Mar de dentro |
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Cacimba do padre - Hawaii brasileiro |
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Baía dos porcos |
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Sueste |
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Praia do leão |
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Pedras vulcânicas - Praia do meio |
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Praia do Leão |
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Baía dos golfinhos |
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Pôr do sol - Praia do Porto |
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Praia do Porto |
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Praia da Conceição |
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A caminho do mergulho - Ressureta |
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Praia do Porto |
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Praia do meio |
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Ruínas - Praia do cachorro
Os pássaros de Noronha:
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